18 de out. de 2012

História sem nome-san Capítulo 7


Capitulo 7

A misteriosa salvadora

     Corri desesperada rua abaixo, tropeçando, quase chorando, eu estava apavorada, e sempre que me arriscava a olhar para trás via o garoto, com o capuz cobrindo o rosto, ele era muito rápido, geralmente estava andando lentamente atrás de mim, enquanto eu corria deseperada, mas sempre que se arriscava a correr um pouco ficava bem perto de mim.
      Sem rumo, mal percebi quando cheguei no topo do penhasco em que vira a Mel voar pela primeira vez, ele era bem próximo de casa. Me arrisquei a olhar mais uma vez para trás, o garoto estava um pouco distante, foi quando senti meu chão desaparecer. Pisara em falso no topo do penhasco, uma rocha se soltara e pronto! Seria aquele meu fim, sem ninguém para me salvar, ao olhar para baixo, minha vista ficou turva, e eu senti meu corpo pesar sobre mim, me fazendo despencar.
      – Droga de menina burra! – ouvi o garoto gritar ao me segurar fortemente em seus braços, girou fazendo com que, quando chegássemos ao chão, ele recebesse a queda.
       Senti o sangue dele caindo sobre meu rosto quando teve o contato com o chão, pareceu perder a força no corpo e me largou, por um momento pensei que ele tivesse morrido, e não sabia se me sentia culpada ou aliviada. Mas ele levantou, estava muito pálido, mas continuava a me perseguir, e eu corria desesperada, já perdendo a força nas pernas.
      Deslizei por um alto morro quando pisei no asfalto, havia perdido toda e qualquer força na perna. Parei próxima ao rio e de lá me levantei e corri para frente. Quase sem perceber já estava cercada de árvores, estava dentro da floresta.
       – Chega – disse o garoto sem fôlego, e tossiu levando mais sangue ao chão, ele estava péssimo – Vamos logo!
       Dizendo isso ele me abraçou por trás, me puxando para gente, havia firmeza, mas delicadeza no gesto.
       Ouvi um barulho estanho e ele me soltou, em sua mão havia uma flecha com uma pena roxa no fim. Ele olhou para frente e encarou com ódio a garota que agora estava entre eu e ele. Antes que pudesse assimilar a situação, o garoto sumira.
       – Você está bem?  - perguntou a garota que me salvara.
       Ela era linda, e depois de reparar bem, vi que era uma elfa, seus cabelos eram ondulados compridos e prateados, quase brancos, mas nem de longe lhe davam ar de velha, era parecia jovem e tinha os traços delicados e gentis, em sua mão trazia o arco que disparar a flecha e em suas costas um aljava repleta delas.
        – E-estou... – gaguejei.
        – Sou Michelle Lin, como se chama?
        – Sou... sou Flávia, Flávia Leto, e... obrigada!
        Michelle sorriu gentilmente:
        – Não foi nada, tome cuidado com Thomas, eu já nem sei mais quem ele é, se é bom ou mau, fique atenta, sendo quem é não pode dar mole por ai. – disse ela, sem soar em tom de bronca, mas sendo séria.
        – Thomas? O garoto do capuz? Sendo quem eu sou? E-eu, não estou entendendo! – estava começando a ficar nervosa.
        Michelle respirou longamente antes de dizer mais alguma coisa.
        – Venha comigo, precisa descansar primeiro, depois lhe conto tudo que sei.
        Ela me passava segurança, era como se pudesse confiar plenamente nela, por isso a segui sem nenhum medo ou hesitação. Michelle me guiou até uma casa de madeira, era bem feita e organizada, e ficava em uma pequena vila de elfos, deitei-me na cama, e antes que desse por mim, dormi.

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