Capitulo 7
A misteriosa salvadora
Corri
desesperada rua abaixo, tropeçando, quase chorando, eu estava apavorada, e
sempre que me arriscava a olhar para trás via o garoto, com o capuz cobrindo o
rosto, ele era muito rápido, geralmente estava andando lentamente atrás de mim,
enquanto eu corria deseperada, mas sempre que se arriscava a correr um pouco
ficava bem perto de mim.
Sem rumo, mal
percebi quando cheguei no topo do penhasco em que vira a Mel voar pela primeira
vez, ele era bem próximo de casa. Me arrisquei a olhar mais uma vez para trás,
o garoto estava um pouco distante, foi quando senti meu chão desaparecer.
Pisara em falso no topo do penhasco, uma rocha se soltara e pronto! Seria
aquele meu fim, sem ninguém para me salvar, ao olhar para baixo, minha vista
ficou turva, e eu senti meu corpo pesar sobre mim, me fazendo despencar.
– Droga de
menina burra! – ouvi o garoto gritar ao me segurar fortemente em seus braços,
girou fazendo com que, quando chegássemos ao chão, ele recebesse a queda.
Senti o
sangue dele caindo sobre meu rosto quando teve o contato com o chão, pareceu
perder a força no corpo e me largou, por um momento pensei que ele tivesse
morrido, e não sabia se me sentia culpada ou aliviada. Mas ele levantou, estava
muito pálido, mas continuava a me perseguir, e eu corria desesperada, já
perdendo a força nas pernas.
Deslizei por
um alto morro quando pisei no asfalto, havia perdido toda e qualquer força na
perna. Parei próxima ao rio e de lá me levantei e corri para frente. Quase sem
perceber já estava cercada de árvores, estava dentro da floresta.
– Chega –
disse o garoto sem fôlego, e tossiu levando mais sangue ao chão, ele estava
péssimo – Vamos logo!
Dizendo isso
ele me abraçou por trás, me puxando para gente, havia firmeza, mas delicadeza
no gesto.
Ouvi um
barulho estanho e ele me soltou, em sua mão havia uma flecha com uma pena roxa
no fim. Ele olhou para frente e encarou com ódio a garota que agora estava
entre eu e ele. Antes que pudesse assimilar a situação, o garoto sumira.
– Você está
bem? - perguntou a garota que me
salvara.
Ela era
linda, e depois de reparar bem, vi que era uma elfa, seus cabelos eram
ondulados compridos e prateados, quase brancos, mas nem de longe lhe davam ar
de velha, era parecia jovem e tinha os traços delicados e gentis, em sua mão
trazia o arco que disparar a flecha e em suas costas um aljava repleta delas.
–
E-estou... – gaguejei.
– Sou
Michelle Lin, como se chama?
– Sou...
sou Flávia, Flávia Leto, e... obrigada!
Michelle
sorriu gentilmente:
– Não foi
nada, tome cuidado com Thomas, eu já nem sei mais quem ele é, se é bom ou mau,
fique atenta, sendo quem é não pode dar mole por ai. – disse ela, sem soar em
tom de bronca, mas sendo séria.
– Thomas? O
garoto do capuz? Sendo quem eu sou? E-eu, não estou entendendo! – estava
começando a ficar nervosa.
Michelle
respirou longamente antes de dizer mais alguma coisa.
– Venha
comigo, precisa descansar primeiro, depois lhe conto tudo que sei.
Ela me
passava segurança, era como se pudesse confiar plenamente nela, por isso a
segui sem nenhum medo ou hesitação. Michelle me guiou até uma casa de madeira,
era bem feita e organizada, e ficava em uma pequena vila de elfos, deitei-me na
cama, e antes que desse por mim, dormi.
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