18 de out. de 2012

História sem nome-san Capítulo 20


Capítulo 20

Guardião: Ar

     John explicou para a Mel, que anjos caídos conservam o mesmo poder dos anjos, por isso, quando um anjo caí, todos os anjos ficam atentos com ele. E ter filhos é uma das regras proibidas entre o anjos, todos os nefilins deveriam ser eliminados, e se ele ficasse muito perto dela os anjos iam acabar rastreando-a.
      Quando a explicação do porquê se afastara acabou, Mel lançou um olhar para Jordan, que pareceu entender o recado, mas mesmo assim ficou meio confuso.
       – É-é – gaguejou ele – um dia Mel me contou sobre um amigo da Flávia que dominava a terra e bem, ele era um dos guardiões dela, ou sei lá o que, sobre o se trata isso?
       – Ah! – disse John reconhecendo o assunto – uma velha profecia que diz que quatro pessoas protegerão uma menina, que agora todos temos certeza serem a Flávia. Esses guardiões nasceram para isso, por isso ao longo dos anos criam afinidade com um dos quatro elementos. Os próprios anjos escolheram a dedo esses garotos, lhe dando afinidades a um elemento, não queriam que a menina levasse toda a carga sozinha, os guardiões tem a missão de cuidar e proteger ela no dia do caos. Cada qual tem sua característica mais marcante, o guardião da Terra tende a ser alguém mais protetor, a fortaleza, o do Ar tende a ser gentil, a bondade, o da Água tende a ser bom em convencer as pessoas, o purificador, por fim o Fogo tende a ser destrutivo, o que elimina. Mas, por que a pergunta?
      Mel deu um cutucão com o cotovelo em Jordan, mas ele ainda parecia hesitante, por fim levantou-se, fechou os olhos e ergueu os braços, uma brisa suave entrou dentro da casa, passou a minha vota e se foi, mas pude ver que ia passando de pessoa a pessoa, o ar fez um pequeno redemoinho que levantou uma luminária e a deixou novamente no lugar. Jordan abriu os olhos e abaixou os braços, ao ver que ninguém falava nada ele tomou a palavra.
       – Andei treinando...
       Todos olharam para mim logo em seguida, era normal, afinal ele era meu guardião e todos tinham acabado de descobrir isso, mas os olhares me incomodaram, não sabia o que dizer, sequer o que pensar.
        – Ar? – foi tudo o que consegui fazer sair da minha boca – então você é meu guardião do ar.
        – Parece que sou a gentileza em pessoa – disse Jordan rindo, mais relaxado.

     Depois de tudo aquilo, decidi ir para casa, deixar Mel sozinha com o pai era o certo a se fazer eles tinham muito o que conversar.
      – Flávia – disse John me pegando pelo pulso – venha cá um instante, quero falar com você antes de você ir.
      Me aproximei dele e de Mel, Mel fez que ia se levantar para ir, mas John a segurou afirmando que não era nada demais .
      – Escute – começou ele – Você tem o centro do mundo na sua cabeça, e tem várias outras coisas pelo seu corpo, se você se concentrar e treinar, pode ter poderes incríveis, vai poder se proteger sozinha. Mas para isso vai precisar de um mentor, alguém que treine sua mente e seu corpo, e bem, se conseguir confiar em mim, posso ser eu seu mentor.
      – Você me salvou daqueles idiotas hoje –respondi para ele – e agora descobri que você é o pai de uma das minhas melhores amigas, cacho que consigo confiar em você, por mais que eu não saiba bem o porquê...
       John sorriu.
       – Então está combinado, amanhã, assim que sair da escola, perto da colina no fim da cidade.
      A colina era um pouco distante da minha casa, mas se isso fosse me fazer ficar mais forte, se isso fosse me fazer poder me defender sozinha ia valer a pena.
      Como a Nina queria ir para a casa da Rosaline, Jordan me acompanhou até em casa, fomos quase o caminho todos calados, devia ser estranho para ele, acabar de conhecer uma menina e descobrir que tem de defender e proteger ela, definitivamente deve ser muito estranho. Quando chegamos na porte eu perguntei se ele queria entrar, mas ele não quis.
       – Ei! – tomei coragem e o chamei quando se virou para ir embora – Você não precisa fazer isso se não quiser, ter de proteger alguém que você mal conhece, não deve ser agradável nem nada do tipo, então, você não precisa fazer isso!
       Ele pareceu meio confuso, mas depois sorriu se virando e acenando.
        – Se eu tenho um poder e não posso proteger ninguém, acho que esse poder seria inútil, os anjos me dizem que eu devo protegê-la, por que diabos eu iria contra os anjos? Você é mesmo burra. – pude ouvir sua risada ao se afastar de casa, mesmo me chamando de burra ele era realmente gentil.

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