18 de out. de 2012

História sem nome-san Capítulo 18


Capitulo 18

Um pai achado

    – Quem é você? – me forcei a perguntar.
    – Me chamo John, mas isso não é importante, vou te levar até a casa de uma de suas amigas.
     – Eu posso ir sozinha!
     Ele deu uma olhava para a vã, me encarou com um “q” de riso, e sem dizer mais nada, passou a andar comigo a seu lado, era quase como se não conseguisse resistir a obedecê-lo, algo nele, me dava uma sensação ruim, mas era quase impossível olhar para ele e não lembrar da Any.
      Enquanto andávamos comecei a reconhecer o caminho que levava a casa da Mel, pela janela de sua casa, podia ver mais duas silhuetas, que não pertenciam a ela e nem a mãe dela. Ao chegar a porta toquei a campainha, e vi a Nina e a mel que correram para atender a porta, me darem um grande abraço.
       – Onde estava? – perguntou Mel, com um ar de preocupação – estávamos te procurando faz tempo, assim que voltamos da escola, Nina e eu combinamos de tentar achar meu pai com magia, mas não queríamos te deixar sozinha, com tudo que está acontecendo então resolvemos ir te chamar e você não estava em casa! Estávamos louca de preocupação!
       – Desculpe – disse envergonhada por não ter pensado antes em como minhas amigas se sentiam – mas eu estou bem graças a ele! – disse apontando para o... nada?
       – Ele? – perguntou Nina confusa – ele quem?
       Olhei de novo para trás, não havia nem sinal do John, nada, era como se ele apenas tivesse evaporado, sumido. Ainda confusa, tentei responder algo que tivesse lógica para minhas amigas.
       – Eu bem, havia um homem comigo, mas agora, agora ele... se foi, e não se despediu, eu acho que foi isso...
       Entrei e descobri outra mulher ela era linda, seus cabelos castanhos claros lhe fugiam soltos e ondulados sobre os ombros, seus olhos eram amarelados, estava sentada em uma mesa olhando os papeis, quando me viu se levantou, sorrindo.
       – Prazer em conhecê-la sou Rosaline Meredith! A mestra da Nina, ela me chamou para ajudar a encontrar o pai de sua amiga.
       – Prazer – disse estendendo a mão para ela.
       Logo em seguida um garoto desceu apressado as escadas, tinha mais ou menos a minha idade, olhos azuis assim como seus cabelos, trazia em mão um colar.
     – Mel, achei! – disse ele para Mel, passando direto por mim sem sequer me olhar.
     – Jordan! – Mel o repreendeu – essa é minha amiga Flávia Leto , Flávia-chan esse é meu primo Jordan Houkiboshi.
       – Ah! Desculpe princesa estava apressado a achar o colar que o pai de mel deu para ela, prazer em conhecê-la.
       Corei ao ouvir ele me chamar de princesa, ele era bem animado, não parecia ser o tipo de garoto que encontrávamos triste por aí, seu sorriso era sincero e espontâneo.
       – Não se importe com o “princesa” – comentou Mel ao meu ouvido – ele chama todas as meninas assim, apenas gosta de ser gentil.
       Sentamos todos em volta da mesa da cozinha, a mãe de Mel nos trouxe alguns aperitivos, mas se afastou depressa, deve ter sido difícil sua conversa com a Mel sobre seu ex-marido. Nina parecia um pouco perdida em meio a seu livro, lia algumas palavras que eu não entendia, mas por vez se confundia, Rosaline por sua vez mantinha a voz firme, os olhos fechados, e as mãos em volta do colar, como um dia o pai de mel tocara no colar, a magia rastrearia ele.
       – Não é possível – disse Rosaline.
       – O que foi? – Mel parecia temerosa – Não o achou?
       – Pelo contrário – falou Nina que agora também tinha os olhos fechados – achamos ele, e bem, ele está a três quadras daqui...
       Mel se levantou de súbito, ele poderia estar em qualquer lugar, qualquer país, qualquer um, por que estaria a duas quadras da casa da filha que abandonou? Se mesmo eu estava me perguntando isso, Mel devia estar em choque, correu as duas quadras, provavelmente até se esquecera das asas, eu fui em seu encalço.
        Passamos da primeira, da segunda e da terceira quadra sem encontrar ninguém, mas ele devia estar um pouco mais a frente, chegamos na quarta quadra e vimos o homem loiro, John, que me salvara mais cedo.
         – É ele? – perguntou Mel mais para si mesmo do que para mim.
         Rosaline, Nina e Jordan chegaram pouco depois, eu estava prestes a dizer que elas haviam se enganado, que aquele era John, não era um anjo caído, era apenas um homem, mas Mel se arriscou antes que eu pudesse detê-la.
          – P-pai? – gritou ela.
          John se virou, não parecia surpreso, confuso, triste, arrependido, apenas normal, sorriu para Mel, levantando a mãos em sinal de rendimento.
          – Então você me achou, filha...

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