Capitulo 10
Anjo da guarda
O problema
foi que o Thomas não deixou eu conversar com a Okami, e ainda me ameaçou!
Quando iamos sair, ele me pegou pelo ombro e disse que se eu contasse alguma
coisa sobre ele para alguém, ele ia matar quem eu contei. Ele estava começando
a me assustar.
Acho que
devia estar pálida quando sai da escola, porque a Hime veio correndo em minha
direção parecendo bem preocupada:
– O que
houve? – perguntou ela gentilmente.
– N-nada! –
disse apressando o passo, sabia que Hime não havia engolido meu “nada”, mas não
queria coloca-la em perigo, mesmo que não a conhecesse direito.
Assim que sai
da escola, senti uma mão em meu ombro, na hora gelei “será que ele me ouviu
falando com a Hime e pensou que eu disse algo?”, mas relaxei ao ouvir a voz da
Okami:
– Disse que
tinha de falar comigo, o que foi? – perguntou ela.
– Não foi
nada, eu apenas ia perguntar se podia me emprestar o cad...
– Eu sei que
não foi por isso! – Okami estava séria, mas depois soltou um longo suspiro –
Mas eu entendo se não puder me contar, só me prometa que está em segurança!
– Eu estou...
– prometi, mas na verdade, soou mais como uma pergunta para mim, afinal, eu
estava em segurança?
Enquanto me
perdia em meus próprios pensamentos, mal pude perceber a presença de alguém que
caminhava a meu lado, era uma garota da minha altura tinha cabelos pouco abaixo
dos ombros e branco-acinzentados, seus olhos eram de um azul profundo, quase
hipnotizante, enquanto ela vestia um vestido branco, bem simples, sem nada para
enfeitar que lhe batia nos joelhos. Antes de olhar para mim ela sorriu, e ainda
sem me encarar apenas disse:
– No que
pensava criança? – sua voz era quase mágica, ecoava dentro e fora de mim, era
gentil, mas parecia ter grande poder.
– Eu? Eu...
eu... nada.
– É
impossível para um mortal não pensar nada, se seu cérebro não trabalha, ele
morre. – ela não soou como uma exibida querendo demostrar que sabe das coisas,
soou apenas sábia – Mas antes de mais nada, me chamo Any Katsu, prazer em conhece-la Flávia Leto.
– C-c-como
sabe meu nome? – perguntei, aquela conversa já estava começando a ficar
estranha.
– Eu já te
observei por muito tempo, sei mais do que pensa. Sou um anjo, um anjo da guarda
em missão na Terra.
– Anjo da
guarda? Você quer dizer, você é meu anjo da guarda?
Any sentou-se
em um banco, e quando me dei conta, estávamos na praça no centro da cidade,
como sempre havia muitas pessoas por lá, passeando, brincando, mas não era para
onde estava pretendendo ir, minha casa ficava um pouco longe dali. Pelo que interpretei,
Any queria me deixar mais a vontade, e deu certo, me senti melhor estando
rodeada de pessoas, afinal ninguém me faria mal no meio de tanta gente...
faria?
Assim que
sentei-me a seu lado, a garota começou a se explicar:
– Bem, já
deve saber que não é normal – ela esperou, e eu assenti, Michelle já me dissera
algo sobre isso – então tu não tens um anjo da guarda, sou apenas um empréstimo
– ela riu.
– Empréstimo
de quem?
– De um amigo
seu, que logo deve voltar para o Japão, você se conheceram em Portugal, e
ficaram bem amigos, agora ele vai voltar com uma amiga, chamada Karina, ela é
uma boa mestra para ele e é bem forte.
– O Hiro-san
vai voltar?! – perguntei sem sucesso em conter a alegria em minha voz.
– Sim, e por
sua causa...
Existe imagem mais perfeita??? *-*
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